O Oceano tem vindo a assumir um papel cada vez mais preponderante, quer como mobilizador de desenvolvimento tecnológico, científico, económico e social, quer como um recurso que deve ser protegido e valorizado. Uma das melhores formas de prospetar, monitorizar e valorizar o oceano aberto, de forma económica e sustentável, é alavancar as interações Espaço/Terra, em linha com a agenda de investigação “Atlantic Interactions” e, à escala global, com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O Consórcio procura compreender a variabilidade a longo prazo do clima local, regional e global induzida pelas variações estéricas dos oceanos (temperatura e salinidade). A monitorização simultânea do armazenamento de água na terra (humidade do solo, neve, águas superficiais e subterrâneas) deve acompanhar as medições oceânicas. É necessário desenvolver técnicas inovadoras de assimilação de dados com a modelação oceânica e terrestre de ponta para fornecer um conjunto de dados consistentes e sistemáticos sobre a Terra.
Uma melhor resolução espacial e temporal pode ser obtida através do desenvolvimento da próxima geração de instrumentos de altímetro de radar a serem adaptados para uma futura constelação de pequenos satélites (a Constelação MAGAL). Graças à vasta experiência do Consórcio na assimilação de dados multi-satélite e multi-variados, o MAGAL também inclui um sistema inovador de processamento e visualização de dados e informações, utilizando modelação avançada de alto desempenho, técnicas de estimativa, métodos estatísticos e científicos de aprendizagem automática e análise de erros em dados recolhidos de diferentes fontes. O MAGAL promoverá o crescimento da capacidade científica e de engenharia nacional para gerar inovação e desenvolvimento industrial, combinando parceiros orientados para o lucro, como a EFACEC e a Omnidea, com parceiros mais orientados para a ciência, como o CIIMAR, ITAveiro, IST, FGF e UBI, através de entidades de investigação e interface, como o CEiiA, +Atlantic e o AIR Centre. Paralelamente, o MAGAL promove a internacionalização das entidades portuguesas, tirando partido da experiência e cultura organizacional de instituições americanas como a UT Austin.